sábado, 17 de novembro de 2012


Resenha do filme "A educação proibida"

O filme, realmente  nos leva a uma reflexão do atual sistema educativo mostrando qual o papel da escola na atualidade. A mesma obedece a um sistema econômico e social muito forte, que forma "robôs" para o mercado de trabalho.
Esse modelo educacional, como vemos hoje, inicia-se na Prússia ainda no século XVIII, cujo objetivo era criar um sistema que controlasse e "treinasse" a população para os interesses de seus governantes. Esse mesmo modelo popularizou-se tanto que se difundiu para o restante da Europa e, posteriormente, para todo o Ocidente.
Posteriormente, passamos para um modelo de educação que obedece à economia. Modelo, este, conhecido como taylorismo e que tem como meta a formação de mão de obra preparada, no qual a educação é massificada.
Infelizmente, esse é um modelo que predomina até a atualidade. Os professores ficam presos a um conteudismo e pouco se tem, de fato,da educação.
Segundo o filme, a escola virou um depósito de crianças, na qual alunos e professores estão insatisfeitos. Os professores vêm de um modelo ultrapassado e não conseguem superá-lo e transformá-lo para as próximas gerações.
Entretanto, é importante observar que o filme faz uma crítica ao modelo tradicional de educação e que hoje já temos muitas escolas ditas como ideais pelo mesmo.
Essa escola ideal é tida a partir de um modelo holístico, integral. A própria formação do professor deve perpassar por essa perspectiva.
O filme também aborda um modelo em que os alunos escolhem o querem estudar, o qual é bastante pertinente para rompermos com esse modelo neoliberal de educação.
Por fim, a participação dos pais é extremamente importante. Na verdade, é vital para a formação dessas crianças. De nada adianta a escola propor um modelo que se enquadre à realidade da mesma se a família não contribui.


Resenha do artigo "Podem a ética e a cidadania serem ensinadas?"

O autor do texto tenta responder à questão que dá título ao mesmo (É possível ensinar ética?) buscando o que os autores clássicos têm a dizer sobre o assunto.
Logo nos primeiros parágrafos ele faz uma pergunta inquietante:a virtude pode ser
ensinada – e deve sê-lo – a todos? Essa pergunta foi feita observando o modelo educacional vigente há algumas décadas no Brasil, no qual o ensino público era de extrema qualidade, mas não era para todos, haja em vista que os alunos problemáticos eram expulsos.
O tema é bastante questionador, pois temos que pensar quais valores conduzem a ética e as virtudes em nossa sociedade. Assim, o autor refere-se à virtude como sendo excelência da conduta
moral. No primeiro trecho analisado temos uma pergunta de Sócrates a Protágoras "a virtude pode ser ensinada?". A pergunta já está respondida para Sócrates, mas ele a faz para mostrar a dificuldade de se ensinar.
Posteriormente, o autor utiliza-se da fala de Sócrates para questionar quem seria a pessoa apta a ministrar tal ensinamento. Segundo este, o professor de ética deveria ser, obrigatoriamente, uma pessoa imbuída do assunto a ser passado. Existe uma pessoa capaz de passar os ensinamentos da ética e da virtude para as gerações futuras?
Quem responde é Protágoras. Ele compara a aprendizagem da virtude como a da língua: não há uma pessoa específica que o faça. Na verdade, todos são responsáveis por essa aprendizagem. Assim cabe aos pais e a toda sociedade passar os valores ético-culturais para as crianças e jovens.
Dessa forma há um desafio para a escola: o de passar os valores éticos de forma coletiva, não os restringindo a uma matéria específica. O êxito será obtido com um esforço em conjunto de todos os indivíduos que compõem o ambiente escolar.
Entretanto, mesmo não sendo uma matéria, os bons valores serão passados por meio dos conteúdos que deverão ser bem selecionados para servirem de exemplo e de inspiração aos jovens para desenvolverem um pensamento crítico acerca da própria ciência.
É por meio dessa criticidade que o jovem afastará os dogmas e exercitará sua democracia. Assim, é importante que o professor passe os valores não com matérias, mas, sim, com exemplos.

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